Orientador: Agnaldo Aricê Caldas Farias
Banca: Sara Miriam Goldchmit, Marta Bogéa, Liliane Benetti
Palavras-Chave: Arte Contemporânea, Artes Plásticas, Curadoria de Arte, Cenografia, Ensaio, Expografia, Exposição, Identidade Visual, Design Editorial, Design Ambiental
Semestre/Ano de apresentação: 1º Semestre de 2016
Trabalho sendo publicado na BDTA
Sobre o projeto
Lejos: através da distância é um ensaio expositivo que busca fomentar questionamentos sobre a atual conjuntura da relação entre o público e a arte contemporânea. O projeto é embasado por uma série de textos de autoria variada, cujos pontos de correspondência e de divergência são enfatizados, resultando em uma espécie de relatório que aponta problemas existentes na interface citada anteriormente. Uma série de propostas são esboçadas na forma de uma exposição, que traz em sua essência a tentativa de aproximar sujeito e arte, evidenciando nessa experiência o momento de travessia rumo ao inalcançável encontro com o outro.
Esse princípio norteador materializa-se a partir da seleção e organização de algumas obras de Cildo Meireles no extenso prédio anexo da nova sede do MAC-USP. A sinestesia, presente em Volátil, Fontes, Babel; a quebra de expectativa enfatizada em Cruzeiro do Sul, Espaços virtuais: cantos, Malhas da liberdade; o convite a interação de Através, La bruja, Estudos, são constantes que estimulam o visitante a recondicionar seus saberes, obrigando-o a exercer uma função política, de questionamento pessoal frente às certezas arraigadas.
Lejos é, em suma, um experimento livre, um ensaio expositivo, que materializa conceitos críticos de naturezas variadas a partir do estabelecimento de um espaço de questionamentos. Busca dessa forma investigar de maneira empírica o que em Cildo é uma constante: a ideia de que a arte contida na obra só se manifesta no momento de passagem, de troca entre sujeitos. Trata-se, portanto, de um espaço impregnado pela potencialidade de trocas.
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